Para entendermos a Reforma Protestante do século XVI temos que ter em mente que a igreja era um empecilho que dificultava a formação do capital, impedia, portanto, a transição do sistema feudal para o capitalismo.
Contexto 1: A igreja controlava grande quantidade dos meios de produção, principalmente as terras. Grande parte do que era produzido por diversos segmentos sociais em que a igreja atuava, acabava confiscado pela igreja através dos dízimos e outras obrigações eclesiásticas. A igreja explorava as suas terras no contexto feudal. Foi na verdade o maior senhor feudal.
Conclusão 1: O embate desse contexto ficará por conta da burguesia e da Igreja. Toda essa ideologia imposta pela igreja dificultava a formação capitalista e, ia de encontro à insatisfação dos burgueses que tinham interesses no mercado mercantil em plena expansão. Vou tentar ser um pouco mais claro:
- A igreja era um Estado Feudal e sua existência dificultava o aparecimento de amplos mercados. Vejamos algumas ideologias da igreja que na verdade só visava a manutenção de sua existência:
1- Teoria do Preço Justo ,
2- Condenação da Usura ( lucro);
3- Menosprezo às atividades comerciais e manufatureiras.
Conclusão 2: O que a igreja defendia ia de encontro à manutenção de sua existência, pois ela era uma estrutura feudal. Em contrapartida, suas práticas impediam o desenvolvimento do capital, que iam de encontro aos interesses da burguesia mercantil.
Nesse contexto podemos afirmar que a burguesia mercantil se apropriou da "Reforma Protestante" para destruir o poder eclesiástico que impedia a formação do capital.
Contexto 2: O processo de formação dos Estados centralizados encontraram obstáculos na existência da Igreja como território descontínuo e feudal. Outra contradição bem marcante e que fez diferença nesse processo foi a afirmação da doutrina católica com as verdadeiras práticas de seus membros. Vejamos alguns exemplos:
1- A opressão econômica.
Como uma instituição que era contra a usura (lucro exagerado) exigia dízimos e outras obrigações, se apropriava da maior parte da produção das classes. há nesse contexto uma subjugação do povo e, com isso, a afirmação da usura.
2- Nepotismo: O Papa indicava parentes para cargos eclesiásticos. Essa prática não condiz com a conduta religiosa e, o povo reprovava tal procedimento.
Baseado nesses acontecimentos o povo camponês se rebelou, mas a manifestação foi considerada herética pela igreja e foram ESMAGADOS por lutarem por seus direitos.
Conclusão 2: O resultado desse quadro foi a luta dos soberanos contra os senhores feudais leigos pela Centralização do poder.
Há que se lembrar também que a igreja considerou Lutero um criminoso. Qual o crime que ele cometeu, na visão da igreja católica?
ResponderExcluirTraduziu a bíblia para o alemão. Esse foi o seu crime.
A bíblia era toda lida em latim, como os alemães não entendiam o latim, os bispos traduziam, ou interpretavam a bíblia a seus bel prazer, induzindo, mentindo e deturpando os fatos e as mensagens bíblicas.
Lutero traduziu, desmestificou e expos a verdade do que estava realmente escriro.
Você está absolutamente certo em suas colocações. Parabéns pelo comentário.
ResponderExcluirA respeito da reforma luterana haverá uma nova postagem.
Precisamos de pessoas críticas como você.
Um grande abraço e seja bem-vindo ao Labirinto Brasil.