domingo, novembro 18, 2012

Reforma Protestante




Para entendermos a Reforma Protestante do século XVI temos que ter em mente que a igreja era um empecilho que dificultava a formação do capital, impedia, portanto, a transição do sistema feudal para o capitalismo.

Contexto 1: A igreja controlava grande quantidade dos meios de produção, principalmente as terras. Grande parte do que era produzido por diversos segmentos sociais em que a igreja atuava, acabava confiscado pela igreja através dos dízimos  e outras obrigações eclesiásticas. A igreja explorava as suas terras no contexto feudal. Foi na verdade o maior senhor feudal.



Conclusão 1: O embate desse contexto ficará por conta da burguesia e da Igreja. Toda essa ideologia imposta pela igreja dificultava a formação  capitalista e, ia de encontro à insatisfação dos burgueses que tinham interesses no mercado mercantil em plena expansão. Vou tentar ser um pouco mais claro:

- A igreja era um Estado Feudal e sua existência dificultava o aparecimento de amplos mercados. Vejamos algumas ideologias da igreja que na verdade só visava a manutenção de sua existência:



1- Teoria do Preço Justo , 

2- Condenação da Usura ( lucro);
3- Menosprezo às atividades comerciais e manufatureiras.



Conclusão 2: O que a igreja defendia ia de encontro à manutenção de sua existência, pois ela era uma estrutura feudal. Em contrapartida, suas práticas impediam o desenvolvimento do capital, que iam de encontro aos interesses da burguesia mercantil.




Nesse contexto podemos afirmar que a burguesia mercantil se apropriou da "Reforma Protestante" para destruir o poder eclesiástico que impedia a formação do capital.




Contexto 2: O processo de formação dos Estados centralizados encontraram obstáculos na existência da Igreja como território descontínuo e feudal. Outra contradição bem marcante e que fez diferença nesse processo foi  a afirmação da doutrina católica com as verdadeiras práticas de seus membros. Vejamos alguns exemplos:




1- A opressão econômica.  

Como uma instituição que era contra a usura (lucro exagerado) exigia dízimos e outras obrigações,  se apropriava da maior parte da produção das classes. há nesse contexto uma subjugação do povo e, com isso, a afirmação da usura.



2- Nepotismo: O Papa indicava parentes para cargos eclesiásticos. Essa prática não condiz com a conduta religiosa e, o povo reprovava tal procedimento.




Baseado nesses acontecimentos o povo camponês se rebelou, mas a manifestação foi considerada herética pela igreja e foram ESMAGADOS por lutarem por seus direitos.



Conclusão 2: O resultado desse quadro foi a luta dos soberanos contra os senhores feudais leigos pela Centralização do poder.




2 comentários:

  1. Há que se lembrar também que a igreja considerou Lutero um criminoso. Qual o crime que ele cometeu, na visão da igreja católica?
    Traduziu a bíblia para o alemão. Esse foi o seu crime.
    A bíblia era toda lida em latim, como os alemães não entendiam o latim, os bispos traduziam, ou interpretavam a bíblia a seus bel prazer, induzindo, mentindo e deturpando os fatos e as mensagens bíblicas.
    Lutero traduziu, desmestificou e expos a verdade do que estava realmente escriro.

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  2. Você está absolutamente certo em suas colocações. Parabéns pelo comentário.
    A respeito da reforma luterana haverá uma nova postagem.

    Precisamos de pessoas críticas como você.

    Um grande abraço e seja bem-vindo ao Labirinto Brasil.

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