O contexto da História:
O processo de centralização monárquica, em andamento na Europa desde o final da Idade Média, tornou tenso o relacionamento entre os reis e a Igreja, até então detentora de sólido poder temporal. Assim, além do domínio espiritual sobre a população, os membros do clero detinham o poder político-administrativo sobre os reinos. Roma -, isto é, o papa- recebia tributos feudais provenientes das vastas extensões de terra controladas pela Igreja em toda a Europa, e o advento dos Estados centralizados fez com que essa prática passasse a ser questionada pelos monarcas.
Ao mesmo tempo, a expansão capitalista encontrava alguns entraves nas pregações da Igreja, que condenava a USURA, ou cobrança de juros por empréstimos feitos, e defendia o JUSTO PREÇO das mercadorias, ou seja, PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO sem direito a lucro. A atividade bancaria, por exemplo, estava comprometida, na medida em que os empréstimos a juros eram considerados pecado. Não encontrando mais na Igreja a satisfação de suas necessidades espirituais, os membros da burguesia enfrentavam uma crise de religiosidade.
Dentro da própria Igreja, dois sistemas teológicos se defrontavam. De um lado, o TOMISMO, corrente predominante, especialmente assumida pela cúpula romana-papal, que via no livre arbítrio e nas boas obras o caminho da salvação. Do outro, a TEOLOGIA AGOSTINIANA, fundada no princípio da salvação pela fé e predestinação
Fonte na Íntegra: História para o ensino Médio - 2003- Paginas 204-205
Marcelo
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