A reconquista do Mediterrâneo através das cruzadas restabeleceu o comércio da Europa com o Oriente. Esse fato modificou a relação social e o modo de produção, pois várias cidades estabeleceram a livre produção e mão de obra assalariada. Esse contexto favoreceu o surgimento de novas cidades. A mão de obra farta e o aumento da produção proporcionavam um lucro maior aos comerciantes e produtores.
No século XIV a Europa passava por uma grande crise de subsistência. O Renascimento havia inaugurado uma nova forma de acumulação de riquezas. Assim foi a exploração do simples produtor e a progressiva ruína do dos proprietários rurais. Mercadores e banqueiros tinham enormes fortunas privadas e, esmagavam os pequenos e médios comerciantes e artesãos, gerando uma intranquilidade social por toda a Europa.
O rei, para saldar as dívidas de guerra, desvalorizava a moeda, o que causava o encarecimento dos alimentos, inflava a inflação e diminuía o poder aquisitivo do povo. A crise de subsistência atingiu toda a Europa. A escassez do trigo causou a morte de milhares de camponeses. A Guerra dos Cem Anos também contribuiu para esse quadro nefasta, juntamente com a peste negra.
Diferente do século XI, no século XIV, os muçulmanos dominavam o Mar Mediterrâneo, importante rota marítima para o comércio com o Oriente. A solução para esse estado lastimoso em que se encontrava a Europa era encontrar um novo caminho marítimo que levasse ao Oriente.
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