segunda-feira, agosto 27, 2012

Revolução Inglesa


Foi a primeira Revolução burguesa da Europa -1640-1688. Foia primeira crise do Estado Moderno absolutista, que foi substituído pelo Regime Parlamentarista e vigora até os dias de hoje. Esse movimento proporcionou subsídios para o advento da Revolução Industrial do século 18 e abriu caminhos para o capitalismo.

As condições favoráveis à Revolução inglesa, foi aos pouco sendo costuradas pela administração de Henrique XVIII e Elisabeth I no século XVI. Foram eles que unificaram a Inglaterra, dominaram a nobreza,afastaram a ingerência do papa, confiscaram as terras da igreja e criaram a Igreja Nacional Inglesa. Com o país unificado o país começa a disputar os domínios coloniais contra a Espanha.

Foi uma época em que a burguesia vivia satisfeita, pois o rei promovia o desenvolvimento necessário ao comércio.

Os problemas financeiros iniciaram-se com os MONOPÓLIOS REAIS e os CERCAMENTOS. Os monopólios eram a maior renda do Estado monárquico. Esses eram vendidos para um grupo minoritário. A burguesia comercial não ficou satisfeita com essa situação, pois não tinham liberdade para trabalhar. Os artesãos, por sua vez, não conseguiam pagar os altos preços dos alimentos e produtos de matéria prima necessários a realização de seus trabalhos.

Um outro fator despontava como elemento desagregador da sociedade: as corporações de ofício. Os privilégios concedidos pelo rei a esses grupos impediam o aumento da produção industrial, pois limitavam a entrada de produtores na área urbana.

No campo a alta de preços de alimentos e material de consumo como a lã, fez com que as terras se valorizassem muito, despertando a cobiça dos produtores rurais. Desencadeou-se, então, uma grande invasão de terras devolutas e de pequenas posses. Os posseiros foram expulsos, as terras comunitárias passaram a ser privadas. Surgiram, então, as grandes propriedades. Esse episódio ficou conhecido :"CERCAMENTOS". 

O investimento de capitais na área rural objetivava o aumento de produção. O Estado, tentando preservar o equilíbrio social necessário a sua existência tenta impedir os cercamentos.Dois setores poderosos voltaram-se contra o Estado: A burguesia Mercantil e a nobreza Progressiva Rural (Gentry)

No campo político houve o embate entre o Parlamento e o rei. A burguesia Mercantil e a Gentry era a maior fatia do Parlamento e, queriam enfraquecer o rei politicamente para seguir em busca de seus interesses.

O rei havia sido instituído soberano, com poderes absolutos sobre o país, em 1215, através da CARTA MAGNA. Através dela o rei exerceria o "PODER DE DIREITO" , ou seja, o poder legítimo.

Os Tudor exerceram durante a trajetória de seu reinado, o PODER DE FATO e, não o poder de direito, pois, não convocavam o Parlamento com regularidade. As classes representadas no Parlamento , na época, não se opunham ao absolutismo, pois o rei promovia o desenvolvimento. No século XVI os Tudor deram ênfase ao Calvinismo Anglicano, e a burguesia estava satisfeita. Agora, a forma católica anglicana era a maneira que o rei dispunha para recuperar o seu "Poder de Direito". O catolicismo era a maneira mais fácil de justificar o poder real divino. A aristocracia ficava satisfeita, mas, em contrapartida a burguesia saía prejudicada. O rei apressou-se , então, a tentar o seu poder de fato em poder de direito. Para tal teve que manipular as religiões.

A burguesia e a gentry, maioria no Parlamento, adotaram, então, o PURITANISMO, a forma nais radical do CALVINISMO, que rejeitava o anglicanismo. Desencadeou-se então a Revolução Puritana, um embate entre a burguesia e a realeza.

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