Escravidão
'A Maior Revolta do Vale do Paraíba: Manoel Congo e a luta pela liberdade!''
Revoltado com o assassinato à pauladas de 5 companheiros e a ocultação dos cadáveres, por seu Senhor Manoel Xavier, Manoel Congo liderou uma das mais importantes revoltas contras o regime escravocrata no Vale do Café, região de elevado valor econômico e político do século XIX.
À meia noite de 5 de Novembro de 1838, ouviram-se as portas da senzala sendo arrombadas. Sob a liderança de Manoel Congo, Pedro Dias, Vicente Moçambique, Antônio Magro e Justino Benguela. Os negros invadiram as senzalas à procura de companheiros e suas esposas, entre elas Mariana Crioula, companheira de Manoel Congo.
Organizaram-se então e fundaram o quilombo de Santa Catarina, na Serra da Estrela, onde elegeram Manoel Congo como Rei e Mariana sua Rainha. Boatos surgiam que eles pudessem descer a serra até Inhomirim e saquear a Fábrica de Pólvora, pondo em risco todo o Império
Enfurecidos com a "audácia" dos negros a força Militar interviu, reunindo uma força de mais de 160 homens a mando de Duque de Caxias. "Caxias era o tipo escarrado do herói" diz Eduardo Sciscínio, "matou escravos como ele só. Voltou glorioso apanhando admiração que eram até imorais. As moças jogavam-lhe olhares, os rapazes batiam palmas, os velhos matavam leitoas em honra dele". Além de vários capatazes dos 33 ranchos que ficaram vazios.
Relatara no autos da época que a negra Mariana, de 30 anos estava a frente dos revoltosos, resistindo ao cerco da polícia sob os gritos de "Morrer Sim, entregar não!".Ali foram presos, Manoel Congo, Justino Benguela, Antônio Magro, Pedro Dias, Belarmino, Miguel Crioulo, Canuto Moçambique e Afonso Angola e as negras Marianna Crioula, Rita Crioula, Lourença Crioula, Joanna Mofumbe, Josefa Angola e Emília Conga
Em 22 de Janeiro de 1839, Igreja da Matriz os acusados foram julgados e condenados a 650 chiatadas e 3 anos de gargalheira, todas as mulheres foram inocentadas. Manuel Congo acusado de ser o líder do bando, foi o único a ser condenado a Forca e a "morte para sempre", sem direito a sepultamento, pois queriam que sua morte seria um exemplo para que não acontecessem mais revoltas.
Manoel Congo, Manoel devido ao nome de seu dono, e Congo por ser seu País de origem foi morto no dia 4 de setembro de 1839, 49 anos antes da Assinatura da Lei Áurea.
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